Os "bailinhos de
garagem", mas que eram realizados também na sala de sua casa, no quintal,
qualquer espaço que coubessem ao menos uns 10 pares de meninos e meninas...
Foi a fase que
marcou a travessia dos anos oitenta para os noventa, quando a
adolescência ainda começava aos quinze anos de idade (e não como hoje que
começa aos 11 ou 12) e o primeiro beijo dado geralmente foi dado depois
disto...
A música era Bee Gees, os passos de John Travolta, os embalos de sábado à
noite, e ainda pegamos algumas bandas melódicas, daquelas com visual bem "estranho"
com pintura nos olhos e nos lábios (ex: Banda Kiss, Secos e molhados...). E
acreditem se quiserem, a atual chamada "balada" era somente no
sábado e só à noite - não via a mocidade saindo de segunda à segunda como fazem
nos dias atuais.
Pouca bebida, nenhuma droga, era festa de família, com a família lá geralmente,
dormindo nos quartos ou no andar de cima, enquanto no salão térreo, na sala ou
quintal a equipe de amigos com som improvisado comandava a trilha sonora. Os
efeitos e luzes na pista, eram feitos com os famosos e conhecidos até hoje o
“globo espelhado”, nos faziam parecerem mais adultos, rapazes e mocinhas mais
altos, bonitos, atraentes, mesmo ainda, muitas das vezes sem ter dado o primeiro
beijo.
Todos dançavam com "passinhos", pois lógico, acreditem se quiser, a
coreografia era ensaiada e no "bailinho" dançada por todos
misturando os grupos e casais na "pista lotada” e as músicas da moda se
repetiam à exaustão e ninguém reclamava.
Nas músicas lentas
os pares se revezavam e aproveitavam para rolar aquele “xaveco”, muitos casais
de namorados foram formados ali, mas esta é outra história.
Quem ficava sem o
par ficava com a amada e querida companheira “A Vassoura”, ela mesma você se
lembra? Ah... A vassoura... Alguém começava a rodar a pista com ela e entregava
à alguém para poder dançar com seu par!
As roupas e o visual eram copiados dos filmes de sucesso e da última novela das
oito, tinham muito estampado, muita maquiagem, cores cítricas.... Nossa que
saudades!
Aquele tempo era tudo de bom "quase
sem malícia", era tudo tão diferente de hoje em dia...gostaria de poder
voltar no tempo e aos velhos costumes.
Mas como diria CAZUZA “O tempo não pára, não
pára não, não pára...”